Reitor da UEPB lamenta publicização sobre caso de aluna impedida de fazer prova

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O reitor da Universidade Estadual da Paraíba, Rangel Júnior, comentou sobre a polêmica ocorrida no campus de Guarabira da UEPB, em que uma policial militar foi impedida de fazer uma prova por estar em serviço.

O fato causou uma grande confusão, pois outros policiais militares que estudam no local tentaram entrar na sala, mas foram impedidos pela coordenação do curso. A Polícia também foi acionada, causando mais tensão dentro do Centro de Humanidades, onde funciona o curso de Direito.

Em entrevista nesta sexta-feira, 03, Rangel lamentou a publicização do fato, afirmando que este deveria ter sido resolvido dentro da Universidade.

– Acho lamentável que tenhamos que discutir uma temática que era para ter sido resolvida no âmbito do Centro de Humanidades do Campus III em dez minutos. No máximo se chamaria outra reunião para resolver. Uma divergência entre professor e estudante é a coisa mais corriqueira no âmbito de uma relação educativa. Tenho a felicidade de em 32 anos de profissão não ter tido nenhum conflito aberto com nenhum aluno, todos foram resolvidos e tratados em sala de aula. O erro foi o acionamento da Polícia Militar para solucionar um conflito entre professor e aluno. Imaginem 18 mil estudantes discando para o 190 quando tiver um desentendimento com um professor? – externou.

Rangel frisou ainda que a versão da professora foi de que pediu a aluna – que é policial militar e estava em serviço no momento da prova – para ela fizesse a avaliação no outro dia.

– Segundo a professora, e eu não posso defender teses a favor de ninguém, é que ela abordou a aluna individualmente recomendando que ela deixasse a prova para outro dia, uma vez que estava de serviço. A aluna estava toda paramentada, usando toda a estrutura que complementa o fardamento policial, que vão desde um rádio comunicador ligado, a algemas e arma exposta. A professora se sentiu constrangida e achou que era inadequada a realização da prova, pois a aluna disse que estava em serviço. E ela tinha direito de fazer a prova no outro dia, segundo a professora – explanou.

Conforme Rangel, a aluna poderia ter levado a questão à coordenação do curso, que sanaria o problema.

– Se fosse o caso, a aluna poderia até recorrer internamente aos instrumentos que a Universidade dispõe. Abrir um inquérito, fazer uma denúncia para um processo de sindicância. Eu não retiro nada do ponto de vista da professora e nem da aluna. O erro está em inserir nessa cena, que era uma relação professora/aluna, uma força policial. Completamente desproporcional, até tentar tirar a professora de sala de aula foi feito – pontuou.

Rangel disse ainda que o comando da Polícia Militar dialogou com a UEPB todo o tempo e até o próprio governador Ricardo Coutinho (PSB) se pronunciou sobre o tema, ressaltando que a questão será revolvida no âmbito da Universidade.

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