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Houve vandalismo e confronto entre a polícia e manifestantes em um protesto em Brasília nesta quarta-feira (24). A PM atirou balas de borracha e gás lacrimogênio, enquanto manifestantes atiravam pedras e tentavam avançar em direção ao Congresso. Quatro foram detidos e uma pessoa ficou ferida por arma de fogo, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Os manifestantes pedem a renúncia do presidente Michel Temer e criticam as reformas trabalhista e da Previdência. Às 15h50, havia cerca de 35 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, segundo a PM. A organização do protesto não informou o número.
Um dos detidos é um professor do Espírito Santo que estava acompanhado da filha, menor de idade. Três dos presos portavam entorpecentes e arma branca, segundo a Polícia Militar.
Danos a ministérios
Nesta tarde, vários atos de vandalismo foram registrados ao longo da Esplanada dos Ministérios. Houve incêndio no Ministério da Agricultura. Equipes do Corpo de Bombeiros foram ao local e informaram que o fogo foi extinto por volta das 16h15.
Também foram danificados os prédios da Fazenda, Minas e Energia, Planejamento e Turismo, além do Museu da República e Catedral Metropolitana. Fachadas foram pichadas com palavras de ordem como “fora, Temer” e “diretas já”. Grupos também quebraram vidraças e refletores. Pastas e documentos foram retirados dos ministérios da Cultura e do Meio Ambiente, que dividem o mesmo prédio.
Servidores dos ministérios receberam ordens de evacuar os prédios por volta das 15h30.
A confusão começou por volta das 14h, quando ativistas de rostos cobertos tentaram furar o cordão de revista policial, montado pela PM entre a rodoviária do Plano Piloto e a Esplanada dos Ministérios. Houve corre-corre, e os manifestantes conseguiram furar o bloqueio, entrando na área da manifestação com hastes de bandeiras, materiais explosivos e perfurantes. Segundo Polícia Militar, grupos levavam estilingues para atirar pedras contra policiais.
Imagens feitas no local mostram uma série de pessoas sendo imobilizadas e carregadas pelos policiais.