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Graduado em Geografia pela Universidade Estadual da Paraíba, Pós-Graduando em Geografia e Meio Ambiente, atuando com temas: sociedade, cidade, território, espaço urbano, ambiente e em movimentos sociais, o atual presidente do Sindicato dos Urbanitários da Paraíba, Wilton Maia Velez, juntamente com o Mestre e doutorando Amilson Albuquerque Limeira Filho e os professores doutores Erivaldo Moreira Barbosa e José Irivaldo Alves Oliveira Silva, tiveram um capítulo “POR UMA RENOVAÇÃO DA TUTELA JURÍDICA DA ÁGUA!” inserido no livro: “DINÂMICAS E COMPLEXIDADES NA GESTÃO E GOVERNANÇA DA ÁGUA”, publicado pela Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, com apoio institucional do CNPQ e organizado pelos professores Cristiane Mansur de Moraes Souza e Irivaldo José da Silva.
Alunos do programa de Pós graduação em Engenharia e Gestão dos Recursos Naturais da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, eles elaboraram um artigo POR UMA RENOVAÇÃO DA TUTELA JURÍDICA DA ÁGUA!
O capítulo faz uma radiografia da crise hídrica vivida no Brasil dos tempos atuais e também no mundo e destaca que existem cerca de 300 novos conflitos em decorrência de problemas relacionados ao acesso de água potável, fundamentando-se no alarmante dado que remete à ausência de acesso à água potável por cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo, segundo dados obtidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A falta de acesso à água potável e uma iminente “guerra da água” em todo o planeta, é retratado no livro dessa forma: “Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2014, quantitativo superior a 750 milhões de pessoas carecem de acesso à água potável.
Relata também o Capítulo dos alunos: “De acordo com a ONU, a possibilidade de escassez hídrica até o ano de 2050 deverá engendrar cenário extremamente problemático e marcado pela luta mundial por acesso à água em várias partes do mundo, sobretudo em regiões como o Oriente Médio, Ásia Central e nas bacias Ganges-Brahmaputra-Meghna, Orange e Limpopo, no sul da África, bem como nas proximidades do rio Nilo, na África, em parte considerável do sul da Ásia, nos Bálcãs, no sudoeste da Europa, e no norte da América do Sul”.
O trabalho também dá ênfase ao processo de privatização do saneamento no mundo da seguinte forma: “As consequências nefastas da privatização da água em certos países para o pequeno agricultor, seu efeito cascata na redução do acesso à água tratada e serviços de saneamento básico por povos e comunidades pouco favorecidos ou mesmo o esgotamento dos recursos hídricos em detrimento dos interesses de grandes grupos empresariais”.
Nos demais capítulos do livro, os autores e alunos evidenciam suas preocupações com o tratamento que é dado aos recursos hídricos em benefícios dos povos do passado e nos tempos de hoje: “É ainda mais complexo se incluirmos no conceito de “soberania hídrica” o direito ao controle e uso da água pelas comunidades ancestrais e pelos atores locais que habitam nos diferentes territórios. Frequentemente, muitos desses atores são marginalizados e excluídos dos processos de tomada de decisão e implementação de mecanismos de governo e gestão da água, e, sobretudo, do controle democrático sobre os resultados destas atividades”.
Wilton Maia disse que participar desse livro, juntamente com os demais alunos e organizadores, tem sido muito importante. “É uma etapa vencida, após longos momentos de estudos e de dedicação”.
O livro pode ser acessado na íntegra no seguinte endereço: https://zenodo.org/record/6029006
acima a capa do livro