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O presidente Jair Bolsonaro ameaçou nesta quarta-feira (4) agir fora da Constituição, numa reação à inclusão dele, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito das fake news, que investiga a disseminação de notícias falsas.
Alexandre de Moraes acolheu nesta quarta um pedido unânime dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), feito na segunda-feira (2).
A declaração de Bolsonaro foi numa entrevista transmitida pela rádio Jovem Pan em redes sociais, em que ele voltou a atacar o sistema de votação brasileiro. Desta vez, distorcendo o conteúdo de um inquérito da Polícia Federal, de 2018.
Bolsonaro e o deputado Filipe Barros (PSL-PR), relator da comissão especial do voto impresso na Câmara, disseram que o inquérito revelava a invasão por um hacker aos sistemas do TSE em 2018 e que o hacker teve acesso ao código-fonte das urnas, sem revelar, contudo, que o acesso ao código-fonte não permite a ninguém alterar a votação.
Tanto é assim que, após a assinatura de um termo de sigilo, o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os partidos políticos, por exemplo, podem pedir o acesso ao código-fonte, justamente para fiscalizá-lo.
O inquérito foi aberto em 2018 depois de uma reportagem publicada pelo site Tecmundo. A própria reportagem explicava na ocasião exatamente a impossibilidade de se fraudar a eleição a partir apenas do código-fonte.https://51d863d49279a33a2d7b1249377fbbff.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O TSE informou que vai responder à entrevista de Bolsonaro ainda nesta quarta-feira.
Análise
Ouça o episódio do podcast O Assunto sobre “Bolsonaro enquadrado pelo TSE”: