Covid: Governador lamenta atitude do prefeito de Campina Grande ao judicializar decreto do Estado

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O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), em entrevista concedida nesta quarta-feira (23), à imprensa, lamentou a atitude do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), que decidiu entrar na Justiça contra as novas restrições impostas pelo decreto estadual 40.930/2020.

O prefeito considera o decreto totalmente injustificável e desproporcional, uma vez que o município apresenta uma taxa de transmissibilidade da Covid-19, menor do que a registrada há dois meses. Para Romero, a cidade não deveria receber o mesmo tratamento dado a outras áreas com situação crítica, como a região metropolitana de João Pessoa ou o Sertão. Ele alega que o setor econômico foi pego de surpresa com a decisão do governador.

“É uma pena porque Campina Grande tem mais casos hoje do que teve em novembro. A cidade tem mais óbitos do que teve no mês passado e o prefeito toma uma medida como esta. Eu acho que realmente ele está equivocado, não está considerando que o município atende e é polo para setenta municípios e o número de leitos é suficiente apenas para a cidade, quando recebe recursos do Ministério da Saúde para atender a esses municípios dentro do plano de contingência”, destacou o governador João Azevêdo.

Ele lembrou ainda que esses leitos podem ser ocupados de uma hora para outra, se não forem mantidas as medidas necessárias de orientação à população para  conter o contágio da doença.

“É preciso que o distanciamento seja mantido, que a população faça uso de máscara e faça a constante higienização das mãos. Isso é uma obrigação de qualquer gestor. Se houver recursos na Justiça, nós iremos enfrentar, evidentemente, no âmbito da Justiça, que é o espaço adequado para esse tipo de discussão”, afirmou.

Azevêdo se defende das acusações de que ele tenha demorado muito para tomar a decisão, uma vez que os donos de bares e restaurantes já estavam se preparando  com investimentos para os festejos de final de ano e alegam que vão ter prejuízos. Segundo ele, desde o início do mês foi anunciado que o Estado tomaria medidas para o final do ano, com o objetivo de diminuir a questão da mobilidade para manter o distanciamento entre as pessoas.

“Isso foi anunciado há mais de 15 dias e o decreto realmente foi publicado com as regras, nessa segunda-feira (21), mas as pessoas já sabiam sim, há mais tempo que nós iríamos tomar medidas porque se fazem necessárias em função dos números. Eu volto a dizer: que nós passamos ter aproximadamente mil casos por dia e mais de 14 óbitos por dia. Isso são números que nos preocupam muito e, logicamente, para evitar as grandes aglomerações no final do ano, tivemos que tomar medidas prejudiciais ao segmento. O impacto é mínimo para o setor”, disse.

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