Pacientes com câncer protestam contra retirada do passe livre intermunicipal

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Um ato público aconteceu nesta terça-feira (18) em frente ao Hospital Laureano, de João Pessoa. Isso contra a notificação da Justiça que acabou com a gratuidade em transportes intermunicipais para pessoas com câncer.

Um dos pacientes, morador de Uiraúna, disse que precisa ir para João Pessoa pelo menos quatro vezes por mês com a esposa para receber tratamento.

O casal têm a carteira de gratuidade para viajar de ônibus, mas agora estão na dificuldade por causa da suspensão do benefício.

Uma outra paciente, moradora de Riachão do Poço, também disse que necessita do passe livre pois precisa fazer radioterapia todos os dias.

São centenas de pessoas que todos os dias chegam de outra cidade ao Hospital Napoleão Laureano para tratamento de câncer.

Muitos vão em carros de prefeituras, mas muitos chegam de transporte pago.

Há 10 anos a gratuidade no transporte intermunicipal vinha beneficiando essas pessoas.

Na Paraíba, a gratuidade é regida por uma lei estadual, de 2010, que concede aos portadores de câncer e seus acompanhantes passe livre em todas as viagens intermunicipais.

A suspensão veio em 2018 com uma decisão de Supremo Tribunal Federal entendendo que não compete ao poder legislativo, mas sim ao poder executivo esse tipo de lei.

Agora, no início do mês, foi que a decisão chegou ao Instituto de Polícia Científica e a gratuidade foi suspensa.

Vários pacientes prejudicados com a suspensão do benefício se juntaram a representantes de ONGs para protestar hoje cedo.

A mobilização interditou a Avenida Capitão José Pessoa no bairro de Jaguaribe, bem em frente ao Hospital Napoleão Laureano, com cartazes e carro de som.

Eles gritavam ‘Gratuidade Já!’.

Para a coordenadora da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Márcia Cerpa, é impossível uma pessoa sair de Sousa ou de Cajazeiras ou de Triunfo para ir fazer tratamento em João Pessoa se apresentar todo o mês pagando passagem de ônibus.

A ideia é que o poder público se sensibilize e crie meios para que o benefício volte a valor.

Nesse sentido, a mastologista Joana Barros disse que “a forma que a gente tem é de pedir sensibilidade. Nesse momento, a medida provisória que seria através do governador João Azevêdo seria o ato mais urgente. A gente espera que esse caminho seja construído, e que, ao invés de a gente estar com esse abismo, que seja construída uma ponte entre o paciente e a chance de cura”.

*com informações da TV Cabo Branco

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