Dois policiais militares mortos a tiros no RJ são enterrados em Sulacap

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Mais dois policiais mortos a tiros no Rio de Janeiro nesta semana foram enterrados nesta quinta-feira (15), no Cemitério de Sulacap.

Um dos agentes é o policial militar Diogo Gama Alves Motta, morto após passar por um bloqueio do exército, na Avenida Joaquim da Costa Lima, em Belford Roxo.

Diogo tinha 35 anos e trabalhava como motorista do comandante da UPP do Andaraí. O assassinato ocorreu um pouco antes das 5h desta quarta-feira (14), logo após o policial sair de casa para trabalhar.

O exército divulgou que o policial militar não parou no primeiro bloqueio realizado na localidade e começou a atirar contra os militares. Logo depois, o PM teria desobedecido a segunda ordem de parar, seguiu em frente pela via e teria ultrapassado a segunda barreira militar, além de fazer novos disparos.

A família de Diogo não concorda com a versão do exército. Para eles, o PM fugiu do local porque achou que estava sendo atacado por bandidos da região.

“Não existia cones, não existia uma viatura com giroscópio ligado e caracterizada. Não existia colete refletivo. Não existia nada disso. Eu acredito que ele tenha se assustado com algum militar que saiu da sombra, porque eles não estavam identificados. Ele estava com balaclava e fuzil na mão. E ali é uma região perigosa. Onde ele mora é uma área dominada pelo tráfico da região”, comentou Gilmar Motta, pai de Diogo.

Na opinião do cunhado do policial morto, Alexsandro Brandão, o episódio “foi uma execução do exército”. A família agora espera que as investigações revelem a verdade. “Isso não pode ficar assim. A gente quer justiça. Quando ele chegou próximo de onde estavam os soldados, um deles saiu de surpresa de trás de um carro abandonado que estava lá. Foram mais de 90 capsulas deflagradas e foram mais de 30 tiros que acertaram o carro dele”, disse Alexsandro Brandão.

Fontes da polícia disseram que havia três viaturas na operação do exército, 31 militares e que todos usavam capacetes, coletes e fardas. Além disso, um dos militares estava mais à frente, pedindo para que os motoristas reduzissem a velocidade. Segundo essas fontes, Diogo disparou 10 tiros contra a tropa. O caso está sendo investigado pela justiça militar. O policial deixa a esposa e um filho, que completou 8 anos na última semana.

“Quem deveria defender a sociedade como ele, acabou tirando a vida dele”, disse Monique Motta, irmã de Diogo.

No mesmo cemitério, outra família viveu está mesma dor. Um pouco antes do sepultamento de Diogo Motta, outro policial foi enterrado. O sargento Fábio Correa, de 45 anos, morreu depois de ser assaltado, na madrugada de quarta feira (14), em Bento Ribeiro. O carro dele foi parado por bandidos e mesmo depois de entregar todos os seus pertences, o policial foi morto. Somente nesse ano, já são 85 PMs assassinados.

“Mais uma vítima. Um policial. Mais um para essa estatística. A gente pede pelo amor de Deus. Agora com o novo presidente e o novo governador, que a gente só passe direto pelo Jardim da Saudade e não tenha mais que entrar, vítima da covardia e da violência que a gente está passando”, comentou Fabíola Correa, irmã de Fábio.

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