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Testemunhas ouvidas pela Delegacia de Homicídios de Curitiba relataram ameaças feitas por um homem aos integrantes do acampamento montado em apoio ao ex-presidente Lula, pouco antes doataque a tiros que deixou um homem ferido, na madrugada de sábado (28).
Um educador social que disse estar ao lado de Jeferson Lima de Menezes, o homem ferido, contou que um motorista “mais radical” passou em frente ao local, em um carro sedan, e passou a xingar os presentes, além de manifestar apoio a um candidato à presidência, não informado pelo depoente.
A testemunha afirma que os acampados reagiram soltando fogos de artíficios, para alertar os demais, e alguns jogaram pedras contra o veículo, que foi atingido na lateral.
O motorista, então, dirigiu por mais quatro metros, parou o carro e desceu. Os militantes reagiram direcionando fogos de artifício diretamente ao homem, que gritou que voltaria para matar as pessoas que estavam ali, diz a testemunha.
Ainda conforme o depoimento, 15 minutos depois, um homem chegou a pé no acampamento, gritou “perdeu” e efetuou vários disparos. O depoente não soube dizer se tratava-se do motorista que os ameaçou.
Outras duas testemunhas também afirmaram à polícia terem ouvido a ameaça. Segundo uma delas, o clima no momento dos tiros era “de total pavor, semelhante a uma guerra”.