PF apreende Ferrari e Maserati em operação contra empresas de serviços de limpeza

Compartilhe essa notícia
Please follow and like us:
YouTube
Instagram

A Polícia Federal (PF) apreendeu carros de luxo em São Paulo nesta quinta-feira (1º) durante a Operação Descarte, um desdobramento da Lava Jato. A ação conjunta com a Receita Federal teve como objetivo desarticular esquema criminoso de lavagem de dinheiro e desvios de recursos pagos por prefeituras municipais pela limpeza urbana.

Nesta tarde, uma Ferrari e uma Maserati apreendidas na ação foram levadas à sede da PF em São Paulo, na Lapa. Segundo a investigação, grupo criminoso adquiriu vários veículos de alto luxo registrados em nome de laranjas.

De acordo com a Receita Federal, a organização criminosa emitiu mais de R$ 900 milhões em notas fiscais com indícios de fraude. A investigação foi feita a partir de delação do doleiro Alberto Youssef.

Veículo da marca Maserati foi apreendido em São Paulo em operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (1) (Foto: Polícia Federal/Divulgação)Veículo da marca Maserati foi apreendido em São Paulo em operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (1) (Foto: Polícia Federal/Divulgação)

Veículo da marca Maserati foi apreendido em São Paulo em operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (1) (Foto: Polícia Federal/Divulgação)

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em residências e empresas nas cidades paulistas de São Paulo (9), Santos (1) e Paulínia (1), e nas mineiras de Belo Horizonte (2) e Lamim (2). Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal. Os crimes investigados são lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação tributária e associação criminosa.

Investigação leva a mais de R$ 900 milhões em notas fiscais com indícios de fraude

Investigação leva a mais de R$ 900 milhões em notas fiscais com indícios de fraude

Segundo a Polícia Federal, “as empresas participantes do esquema simulavam a venda de mercadorias ao cliente do ‘serviço’ de lavagem, que então pagava por produtos inexistentes via transferências bancárias ou boletos (para dar aparência de legalidade à aquisição). As quantias recebidas eram transferidas para diversas outras empresas de fachada, que remetiam os valores para o exterior ou faziam transferências para pessoas ligadas ao cliente inicial”.

A investigação mostrou que a empresa Soma, concessionária de serviços públicos de limpeza no município de São Paulo, é “a maior cliente identificada, usou serviços da rede profissionalizada de lavagem de dinheiro, tendo simulado a aquisição de detergentes, sacos de lixo, uniformes etc., entre os anos de 2012 e 2017”. A empresa é acusada de lavar R$ 200 milhões. O Consórcio Soma informou, por meio de nota, “que cumpre todas as exigências legais e que está prestando todas as informações solicitadas pela Polícia Federal”.

A Prefeitura de São Paulo afirmou, por meio de nota, “que não tem nada a comentar porque a operação da Polícia Federal não envolve a gestão municipal”.

 Sede da empresa Soma  (Foto: Reprodução/Tv Globo) Sede da empresa Soma  (Foto: Reprodução/Tv Globo)

Sede da empresa Soma (Foto: Reprodução/Tv Globo)

Prédio em Moema, Zona Sul da capital paulista, onde é cumprido mandado de busca e apreensão (Foto: André Emateguy/TV Globo )Prédio em Moema, Zona Sul da capital paulista, onde é cumprido mandado de busca e apreensão (Foto: André Emateguy/TV Globo )

Prédio em Moema, Zona Sul da capital paulista, onde é cumprido mandado de busca e apreensão (Foto: André Emateguy/TV Globo )

Operação Descarte  (Foto: Karina Almeida/G1 )Operação Descarte  (Foto: Karina Almeida/G1 )

Operação Descarte (Foto: Karina Almeida/G1 )

Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial