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Foram meses e meses de muita luta dos funcionários da DESO – Companhia de Saneamento de Sergipe – , representados pelo Sindisan, contra a intenção declarada do governador do Estado, Jackson Barreto (PMDB), de vender a Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO, o que, consequentemente, seria a privatização do saneamento básico no estado.
Mas todo esforço da diretoria Sindisan de programar e participar de atividades por vários municípios do Estado, de visitar parlamentares, de buscar apoio a manifestos, de fazer o embate com diferentes agentes públicos e de promover a conscientização da população sobre o mal que seria tratar o saneamento como mercadoria, foi recompensado. A vitória foi conquistada!
Na manhã desta segunda-feira (26/2), Jackson Barreto assina carta rescindindo a participação da DESO no Programa de Desestatização do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
O presidente do Sindisan, Sílvio Sá, por inúmeras vezes em suas visitas às Câmaras Municipais e Assembleia Legislativa destacou o prejuízo à população, caso a DESO fosse privatizada, pois a tarifa subiria 32% por conta do PIS, Cofins e ICMS, impostos que hoje não incidem por ser uma empresa pública de saneamento.
Em manifesto divulgado, em março do ano passado, por entidades sindicais, de classe e da sociedade civil organizada, inclusive subscrito pela FNU – Federação Nacional dos Urbanitários – foi declarado NÃO a qualquer forma de privatização da DESO e a defesa por mais investimentos na Companhia, transparência e democratização das ações da empresa e do governo, melhorias nas condições de trabalho e valorização dos seus trabalhadores, para que pudessem ser prestados melhores serviços à população. O documento também solicitava o fim das terceirizações nas atividades-fim, gestão estritamente técnica (fim das indicações politiqueiras nos principais cargos e que tanto prejudicam a empresa) e controle social.