Rômulo prega união da bancada paraibana em defesa da transposição

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Vice-líder do PSD na Câmara Federal, o deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB) usou o tempo do partido, durante o grande expediente desta terça-feira (19), e fez uma análise da seca no país, cobrando celeridade nas obras de transposição das águas do Rio São Francisco.

O parlamentar é o relator da comissão especial que trata do tema, lembrou que as obras tiveram início em 2007 com previsão de conclusão para 2012.

Outros deputados da Paraíba apartearam o discurso de Rômulo e os paraibanos pregaram no plenário que a cobrança pela conclusão da transposição será a principal reivindicação da bancada em um possível governo de Michel Temer (PMDB).

O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS), que presidia a sessão, elogiou a postura de Rômulo em tratar de um tema tão sério para a região em meio as discutições políticas que vêm pautando o Congresso Nacional, mas que não devem se sobrepor aos problemas enfrentados pelos brasileiros.

“A falta de planejamento e projetos deficientes são as possíveis causas da ocorrência de atrasos e sobre preços nas obras de transposição das águas. Os planos e políticas de saneamento das áreas atendidas; a gestão do sistema e a falta de sintonia com dos governos (federal, estadual e municipal) para integrar as bacias hidrográficas, tornam a situação ainda mais grave. No momento, mais de cem municípios correm o risco de ficar sem água se as obras não forem concluídas até o fim deste ano”, destacou o parlamentar.

Destacando a turbulência política que o Brasil enfrenta, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) disse que o problema central da Paraíba não esta na política e lembrou que as mudanças não vão cessar a falta de água no estado. O deputado pontuou a importância da união da bancada para reivindicar de um possível governo Temer a celeridade da obra.

Gouveia destacou o trabalho que vem executando ao lado do senador Raimundo Lira (PMDB) para que a Paraíba tenha de fato um terceiro eixo da transposição para contemplar diretamente o vale do Piancó. O deputado pregou que a transposição seja a principal reivindicação da bancada paraibana em um provável governo de Michel Temer.

Segundo estimativas do Ministério da Integração Nacional, relatadas por Gouveia, a obra abrange 390 municípios e deve beneficiar diretamente 12 milhões de pessoas. Dois eixos (norte e leste) de transferência de água estão em andamento e inclui 27 reservatórios, 14 aquedutos, nove estações de bombeamento e quatro túneis.

“É preciso pressa! A Paraíba não tem alternativa, pois nosso solo é seco e não há condição alguma de se fazer maiores ações. Este é um projeto de grande envergadura e com potencial de transformar boa parte da região Nordeste. No entanto, ressalto a morosidade com que se realizam essas obras, que uma vez concluídas vão aliviar as consequências hídricas dessas regiões”, alertou o deputado.

O deputado Hugo Motta (PMDB-PB) concordou com a preocupação de Rômulo: Motta “A seca é o nosso principal problema. Na Paraíba temos que nos mobilizarmos, porque a seca será uma constante em nossas vidas. Precisamos de alternativas”.

Em audiências e diligências realizadas pela comissão externa que acompanha as obras de transposição, Gouveia constatou que em diversas áreas os trabalhos reduziram o ritmo pelas mais variadas razões ocasionando, inclusive, paralisações.

“Imagens de alguns locais dão a impressão de completo abandono das obras, o que acarreta perdas dos recursos já investidos e denota alarmante descaso com as necessidades urgentes da população. Na Paraíba, os reservatórios se reduzem de maneira dramática durante os períodos de estiagem, ficando entre os estados brasileiros com mais baixos índices de disponibilidade de água”, relatou o deputado.

Já o deputado Heráclito Forte (PSB-PI) questionou a elevação de custos e o atraso na entrega da obra. “Vivemos o momento de falsa felicidade, já que o governo vendeu por duas eleições que a solução estava feita e nós sabemos que mesmo a transposição não vai resolver o problema”.

FONTE: Da Redação com Ascom

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