Arcebispo da Paraíba solicita informações ao TCE sobre valores transferidos por órgãos públicos ao Hospital Padre Zé

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O arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson Pedreira, solicitou ao presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), Nominando Diniz, durante encontro nessa terça-feira (21), que sejam repassadas a Arquidiocese informações sobre os repasses feitos pelos órgãos públicos ao Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Como vem noticiando o ClickPB, a instituição filantrópica foi alvo de um desvio milionário de dinheiro cujo acusado é o ex-presidente, Padre Egídio de Carvalho. 

Dom Delson esteve no TCE acompanhado do vigário geral, Padre Luiz Junior, para pedir apoio ao TCE na fiscalização das contas da Associação Social Arquidiocesana (ASA), durante a gestão do Padre Egídio Carvalho, que está preso, acusado de irregularidades e desvios de recursos que eram destinados ao Instituto Padre Zé e à referida instituição filantrópica. 

Na oportunidade, o religioso pediu informações sobre os valores transferidos pelos órgãos públicos do Estado e do município de João Pessoa à Associação Arquidiocesana. A reunião contou ainda com a participação do procurador geral do Ministério Público junto ao TCE, Marcílio Toscano da Franca e dos advogados do arcebispo.

O presidente do TCE, no entanto, esclareceu ao religioso que a fiscalização do Tribunal de Contas não alcança entidades privadas, a exemplo do Padre Zé e da ASA, mas tem competência para cobrar dos órgãos públicos a prestação de contas dos recursos transferidos. Nesse sentido, Nominando sugeriu ao arcebispo que busque esses documentos juntos aos setores públicos para poder saber a destinação dos recursos, caso eles não tenham sido creditados e aplicados nas ações sociais na Associação.

“Quem precisa fazer a prestação de contas é o órgão público que transferiu os recursos”, disse o conselheiro, reiterando que o Tribunal estará de portas abertas para prestar os esclarecimentos necessários, ou mesmo, agir dentro de suas competência. Ele adiantou ainda que a Associação precisa constituir um sistema de registro das receitas e das despesas. “Essa é uma forma de transparência, disponibilizando o acesso aos dados por meio da internet,”, reforçou ele.

A ASA é uma entidade da Arquidiocese, voltada às atividades sociais da Igreja, e a exemplo do Instituto São José, a quem pertence o Hospital Padre Zé, era administrado pelo padre Egídio Carvalho, e segundo informou o arcebispo, também está envolvida no escândalo que envolve o ex-gestor. A Associação, segundo apurou o conselheiro Nominando Diniz – ao consultar os sistemas do TCE, recebeu a quantia de R$ 16 milhões, valores estes, segundo o presidente, transferidos pelas Secretarias de Estado da Ação Social e da Saúde.

Na entrevista concedida à imprensa, após a audiência, Dom Delson explicou que sua visita teve como objetivo pedir a atuação do Tribunal para acesso às informações a respeito dos recursos recebidos pela ASA, ao mesmo tempo em que agradeceu o apoio da Corte ao Padre George na gestão do Hospital Padre Zé. Pediu ainda orientações para que os recursos e as ações da Associação também se tornem mais transparentes e de acesso à sociedade. Lamentou que muitos serviços prestados pela ASA foram prejudicados, exemplificando a ajuda aos povos indígenas e aos venezuelanos que estão abrigados no Estado.

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