Programa do SESI com o BID beneficia 360 micros e pequenas empresas

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O piloto do Programa Gestão Sustentável para Micros e Pequenas Empresas, realizado desde 2011 pelo Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com o Fundo Multilateral de Investimentos e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), encerrou-se nessa terça-feira (18), em cerimônia em Brasília. Ao todo, foram 360 indústrias e cerca de 12 mil trabalhadores beneficiados em seis estados – Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima e Santa Catarina – e no Distrito Federal.

Entre os serviços ofertados pela iniciativa, está o diagnóstico das empresas em áreas como tecnologia e inovação, gestão, segurança e saúde no trabalho e meio ambiente. A partir daí, o SESI ajuda os empresários a executar ações que melhoram a eficiência e aumentam a competitividade do negócio. “Trata-se de um programa com resultados positivos, mesmo neste momento de crise econômica”, afirmou o diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi.

Devido ao sucesso, o programa será expandido pelo SESI às 27 unidades da Federação e deverá atender, até o fim de 2018, mais mil micros e pequenas empresas. “Os pequenos negócios têm uma importância muito grande para o país, representando 93% das indústrias e empregam mais do que as grandes empresas”, destacou o diretor de Operações do SESI, Marcos Tadeu de Siqueira.

EXPERIÊNCIAS BEM-SUCEDIDAS – Entre as iniciativas de destaque no programa está o fortalecimento da representatividade das empresas do setor madeireiro de Roraima. Os 21 empreendimentos associados ao Sindicato das Indústrias Madeireiras de Roraima (Sindimadeiras) conseguiram, em uma articulação inédita com o governo do estado, aprovar uma lei de manejo florestal em área de posse. “Antes, o dono das terras era apenas vigilante da área florestal. Agora, poderá obter rentabilidade. Isso impulsionará a economia do estado”, ressaltou o presidente do Sindimadeiras, Oneber Magalhães Queiroz.

Queiroz contou que, antes do projeto, as empresas filiadas ao sindicato atuavam de forma isolada. Por meio das consultorias prestadas pelo SESI, os empresários conseguiram perceber que juntos se tornariam mais competitivos. Além do fortalecimento do associativismo, eles implementaram uma usina de briquetes para aproveitamento da biomassa e uma termelétrica movida à biomassa, cuja energia é usada pelas próprias empresas.

A indústria paranaense Induscalta, do setor de cal e calcário, de 63 funcionários, ganhou produtividade, sobretudo ao implantar um forte programa de gestão de pessoas. De acordo com o sócio-proprietário da empresa Silvio de Lara Vaz, houve melhoria e adaptações no ambiente para aumentar a segurança dos trabalhadores e também implementação de programas de promoção da saúde e de qualidade de vida. “Com isso, mesmo na crise, conseguimos manter a lucratividade. Os trabalhadores passaram a dar mais sugestões para melhorar a eficiência na produção, processos e produtos”, declarou Vaz.

NOVIDADE – Entre as inovações trazidas pelo programa em relação a outras consultorias em gestão empresarial está a análise de valor das empresas por públicos de interesse. “O olhar de outras partes interessadas no negócio enriquece o processo. É importante ouvir a comunidade, pois é ela que dá a licença social para a empresa atuar e oferece mão de obra”, disse o gerente-executivo de Qualidade de Vida do SESI, Emmanuel Lacerda.

Na avaliação de Luciana Botafogo, representante do Fundo Multilateral de Investimentos, investir na melhoria da qualidade da gestão da empresa traz retorno expressivo para a sustentabilidade do negócio a longo prazo. “Durante muito tempo, a questão da responsabilidade social empresarial estava ligada à filantropia, mas é investimento e traz benefícios para as indústrias”, afirmou Luciana.

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