Ludgério reage a ‘fogo amigo’ após se negar a assinar CPI na ALPB: “Ninguém vai me tutelar”

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O deputado estadual Manoel Ludgério, do PSD, reagiu, durante entrevista na tarde desta quinta-feira (07), ao fogo amigo de colegas da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) por se negar a assinar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias envolvendo a Cruz Vermelha na Paraíba.

O parlamentar lembrou que é maior de idade e já conta com mais de 30 anos na vida pública, por isso sabe discernir as prioridades, tendo consciência para tomar suas atitudes, sejam quais forem elas. A resposta de Ludgério rebate as declarações da deputada estadual Camila Toscano, do PSDB, que chegou a declarar que o colega não fazia mais parte do bloco justamente por não se colocar favorável à instalação da CPI.

“Aonde eu estou politicamente, não é a minha querida, inteligente e estimada colega Camila Toscano, por quem tenho tanto respeito, não é ela e nem ninguém da minha bancada de oposição que vai pautar minha vida. Eu tenho 50 anos de idade, 30 anos de vida pública, será possível que eu não tenha consciência de tomar minhas atitudes, minhas decisões, será que eu preciso ser teleguiado”, disparou.

Ludgério chegou a comparar o posicionamento dos colegas com uma ditadura, em que se você não pensar igual aos outros, você ficará à margem de determinado bloco.

“Será que a liderança da oposição, eu não falo do meu querido Raniery Paulino, mas o conjunto que compõe a oposição agora é um sistema ditatorial, que ninguém tem mais o direito de pensar, você tem que pensar igual aos outros? De forma alguma, pelo amor de Deus. Nós vivemos em um momento de democracia”, ressaltou.

Apesar da polêmica, o deputado assegurou que permanecerá integrando o bloco de oposição, já que foi eleito pela oposição. Já sobre a investigação envolvendo a Cruz Vermelha, o parlamentar lembrou que atualmente existe uma investigação em curso por parte do Ministério Público e que realizar outra investigação paralela seria improdutivo.

“Caso não houvesse uma investigação em curso eu apoiaria, se não houvesse manifestação alguma das autoridades competentes, aí sim caberia a Assembleia, de vanguarda, abrir uma investigação para apurar o caso, nessa situação, aí sim contaria com a assinatura do deputado Manoel Ludgério”, arrematou.

ENTENDA

Mais cedo, durante entrevista, a deputada afirmou que desde o começo dos trabalhos, na primeira reunião, o deputado afirmou que iria manter uma relação de independência na Assembleia e que “trabalhando a questão da CPI da Cruz Vermelha, em nenhum momento contamos com o voto dele”.

Camila destacou que Ludgério alegou que iria definir sua posição na Casa de acordo com o seu pensamento e não é uma surpresa para a oposição a declaração dele.

“Ele não faz parte da bancada de oposição e pediu para manter essa independência em relação a todos os trâmites da Mesa e situações que venham a aparecer. Em nenhum momento a oposição conta com o voto do deputado”, disse.

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