CAOS: Foto de gestante nua, em leito do ISEA, denuncia a falta de assistência da PMCG e a precariedade do Instituto

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Uma denúncia que surgiu nas redes sociais, vem denunciando uma verdadeira situação caótica que vem enfrentando as gestantes atendidas na maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida(ISEA), em Campina Grande. De acordo com a publicação, há muitas gestantes para poucos leitos, e assim forma um cenário de superlotação.

“Tem puérperas e bebês por todo lugar. Nasceu um transverso, por cesareana, que chegou com o braço para fora, e o anestesia teve que entubar a mãe porque não podia fazer anestesia raqui com o bebê com o braço pra fora”, diz o texto compartilhado em vários grupos de whatsapp. “A mãe entubada dentro do centro cirúrgico com respirador do centro cirúrgico”, continua o texto.

Uma foto enviada juntamente com a publicação, mostra uma gestante jovem deitada em uma cama, possivelmente nua, e utilizando a bata hospitalar de lençol. “Uma vê o parto da outra. E uma vê a agonia de todas e todas assistem a agonia de uma”, complementa.

“Nesse momento a UTI neonatal tem 18 recém-nascidos, quando tem capacidade para 10. São 18 vidas. Por enquanto são vidas. Não sabemos até quando. E esses, são os sortudos. Porque a partir de agora, quem nascer e precisar de ajuda para respirar, vai morrer sem ventilador. Poderia ser o meu bebê, o seu bebê. Poderia ser o seu filho que está brincando na sala ou na escola agora. Vamos fazer esse texto ser compartilhado milhares e milhares de vezes nas redes sociais”, conclama a publicação.

RESPOSTA

A reportagem do Se Liga PB entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretária de Saúde de Campina Grande, para dar a sua versão. Sobre os fatos, a assessoria nos enviou uma nota.

Leia na íntegra:

A Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande esclarece que a maternidade passou por uma sobrecarga na sua capacidade de atendimentos no último final de semana, pois recebe pacientes de todo o estado. Somente no mês de janeiro deste ano foram mais de 700 atendimentos à parturientes, sendo apenas 32% gestantes de Campina Grande.

No entanto, a determinação da gestão municipal é atender todas mulheres que buscam assistência na unidade, independente da sua cidade origem. Por conta disso, a maternidade acaba tendo que atender gestantes de municípios não-pactuados com Campina Grande, quando deveriam ser atendidas em outras unidades de saúde. A falta de maternidades suficientes em todas as regiões do estado, acaba sobrecarregando o ISEA.

Para garantir o atendimento humanizado às gestantes, a Prefeitura vem investindo, desde 2013, mais de R$8 milhões em obras de ampliação da maternidade, a exemplo da criação de novos serviços como a Casa da Gestante, UTI Materna, de parto normal, além da criação de enfermarias e também de novos leitos. Recentemente, o ISEA também ganhou uma nova UTN neonatal.

Somente esta semana está sendo disponibilizada uma nova ala com 24 leitos na maternidade.

Além dos investimentos, a Secretaria de Saúde ressalta ainda o empenho dos profissionais que atuam na maternidade para assegurar a assistência humanizada às gestantes, mesmo em situações de sobrecarga na capacidade de atendimento.

Redação

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