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A advogada, educadora e pastora Damares Alves, assessora do senador Magno Malta(PR-ES), será a chefe do futuro Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O anúncio foi feito pelo futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) na tarde desta quinta-feira (6).
A Funai (Fundação Nacional do Índio), hoje subordinada ao Ministério da Justiça, ficará debaixo do guarda-chuva do novo ministério.
Damares afirmou que a prioridade na pasta será a formulação de políticas públicas que “não têm chegado às mulheres”. Outra área que segundo ela terá atenção especial será a da infância, com um “pacto de verdade”.
Com a indicação de Damares para a Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro já definiu 21 dos 22 ministérios de seu governo. Falta apenas definir e anunciar o titular do Ministério do Meio Ambiente.
Vídeo polêmico
Damares Alves, disse, em entrevista concedida em março, que as mulheres nasceram para serem mães. Para ela, no modelo ideal de sociedade, elas ficariam apenas em casa, sustentada pelos homens.
As afirmações foram registradas num vídeo registrado pelo portal de notícias Expresso Brasil no dia 8 de março deste ano, durante a comemoração do Dia Internacional da Mulher, e disponibilizado online poucos dias depois.
Na conversa, Damares foi questionada sobre a possibilidade das mulheres conseguirem conciliar a vida pessoal e a vida pública e descreveu de que maneira gostaria de viver enquanto mulher:
“Me preocupo com a ausência da mulher de casa. Hoje, a mulher tem estado muito fora de casa. Costumo brincar como eu gostaria de estar em casa toda a tarde, numa rede, e meu marido ralando muito, muito, muito para me sustentar e me encher de joias e presentes. Esse seria o padrão ideal da sociedade. Mas não é possível. Temos que ir para o mercado de trabalho”, afirmou.
Apesar disso, Damares disse que é possível mulheres conciliarem as rotinas nas empresas e em casa e defendeu que o papel que mais gosta de exercer é o materno e que as mulheres nascem para ele.
“A mulher nasceu para ser mãe. Também, mas ser mãe é o papel mais especial da mulher. A gente precisa entender que a relação dela com o filho é uma relação muito especial. E a mulher tem que estar presente. A minha preocupação é: dá pra gente ter carreira, brilhar, competir, consertar as bobagens feitas pelos homens. Sem nenhuma guerra, mas a gente conserta algumas. Dá pra gente ser mãe, mulher e ainda seguir o padrão cristão que foi instituído pras nossas vidas”, disse a líder evangélica.