Funcionários da Chesf encerram paralisação e aprovam greve por tempo interminado para o dia 25

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Em assembleia no final da manhã desta quarta-feira, 13, os funcionários da Chesf em Campina Grande, decidiram encerrar a greve de 72 horas, iniciada na última segunda-feira, 11, manifestação que aconteceu em todo o Brasil, contra a política do Governo Federal que quer privatizar a Eletrobras e suas subsidiárias e na luta pela definição do Acordo Coletivo de Trabalho.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas na Paraíba (Stiupb), Wilton Maia Velez, informou na assembleia que estava marcado um encontro com a Comissão dos Trabalhadores e a Eletrobras neste dia 13, mas foi cancelada. A expectativa é que aconteça até a sexta-feira próxima, embora haja o pedido junto ao TST para dissídio de greve.

Na mesma assembleia, por maioria de votos, foi aprovado o indicativo de greve por tempo indeterminado, a partir do próximo dia 25, caso as negociações não avancem: “Na verdade, são duas lutas numa só, para que a Eletrobras continue sendo pública e pela definição justa do ACT da categoria”, disse Wilton Maia.

A proposta apresentada na reunião de negociação realizada dia 07 de junho, não garante as clausulas essenciais contra o processo de privatização em curso. Houve avanço no retorno das clausulas 6ª e 7ª que garantem o emprego e a não demissão em massa. No entanto, ainda não contempla a cláusula 8º, que trata da discussão prévia com os sindicatos da alteração das IN’s vigentes e a cláusula 18º, política de transferência.

A alegação dos representantes da Eletrobras foi de que estas são inócuas. A retirada dessa cláusula é permitir que as empresas retirem direitos e benefícios dos trabalhadores de forma constante, lembrou Wilton Maia.

O reajuste salarial apresentado pela Eletrobras foi de 70% do INPC, sendo que historicamente, o acordo do Sistema Eletrobras tem por base o IPCA.

Em Campina Grande são cerca de 80 funcionários, que desenvolvem papel importância para a transmissão de energia para todo o município, parte do Estado para Paraíba e outros estados da federação, como um todo: “Defendemos a Eletrobras não apenas pela garantia do emprego, mas, sobretudo, pra que o Brasil tenha a soberania nacional sobre serviços essenciais, como o uso da água, que gera a energia. Temos a convicção que a privatização, caso ocorra, provocará um dano irreversível, com aumento de tarifas e desmonte do que é público para atender o lucro do capital internacional”, denunciou o presidente do Stiupb.

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