Paraibano pode chegar à Presidência, com sucessão de Cunha na Câmara

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Um paraibano pode sentar na cadeira do presidente da República. Tudo passa pela cassação do mandato do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e da convocação de nova eleição para presidente da Câmara Federal, com mandato tampão que irá até fevereiro do ano que vem. O nome é o do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), que vem ganhando corpo nas articulações de bastidores nos últimos dias.

Chegado ao cargo de presidente da Câmara Federal, o parlamentar torna-se o primeiro nome na linha sucessória. A qualquer afastamento do presidente interino Michel Temer (PMDB), como em viagens para o exterior, na atual situação política do país cabe ao presidente da Câmara exercer o exercício do mandato presidencial.

Temer é o vice e assumiu o cargo de presidente após o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) pelo Senado Federal, autorizado a abrir processo de impeachment por mais de dois terços da Câmara Federal.

Na Câmara Federal ainda há uma confusão muito grande sobre quem está no comando. Eduardo Cunha está afastado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Waldir Maranhão (PP-MA) assumiu interinamente, mas é boicotado por todos os partidos, que temem que ele articule em favor de Cunha.

Esses partidos formaram o chamado ‘blocão’, a partir de uma articulação do líder do PP, deputado federal Aguinaldo Ribeiro. São pelo menos 250 deputados, distribuídos pelas seguintes legendas: PP, PR, PSD, PRB, PSC, PTB, SD, PHS, PROS, PSL, PTN, PEN e PT do B. Juntos, eles somam 43,85% dos votos do plenário.

O grupo quer eleger o sucessor de Cunha. Os cotados são Jovair Arantes (PTB-GO), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Rogério Rosso (PSD-DF) e o atual líder do governo, André Moura (PSC-SE).

O Partido dos Trabalhadores já anunciou que não votará em Jovair Arantes, que foi o relator do impeachment na Câmara; e em Rogério Rosso, que presidiu a comissão que analisou processo. Contra André Moura (PSC-SE) pesa a desconfiança que ele foi indicado para a liderança do governo por Eduardo Cunha. O procurador geral da República, Rodrigo Janot, cita Moura como aliado do peemedebista.

Toda articulação passa pela cassação de Eduardo Cunha no plenário da Câmara Federal. Após o parecer do Conselho de Ética, os aliados do presidente afastado já anunciaram recursos na Comissão de Constituição e Justiça.

A derrota de Cunha no Conselho de Ética sinaliza perda de apoios. Os votos decisivos para a aprovação do parecer pela cassação de seu mandato partiram justamente de quem os aliados de Cunha apostavam que seriam a seu favor: Tia Eron (PRB-BA) e Wladimir Costa (SD-PA).

Integrantes do ‘Centrão’ grupo liderado por Cunha, já davam como certa, após o resultado, a cassação do peemedebista no plenário e a realização de novas eleições na Casa.

Mesmo tendo sido ministro das Cidades na primeira gestão de Dilma Rousseff e votado a favor da abertura do processo de impeachment na Câmara Federal, o paraibano tem mais a simpatia de aliados da presidente afastada.

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