PMDB indica Raimundo Lira para presidir comissão de impeachment

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A comissão especial que vai analisar o impeachment da presidente Dilma no Senado já tem indicados os nomes do presidente e do relator. Todos os partidos anunciaram seus integrantes.

O líder do PMDB, que tem a maior bancada no Senado, anunciou nesta quarta-feira (20) o nome do partido para ocupar a presidência da comissão do impeachment: o senador Raimundo Lira, da Paraíba.

Ele já havia se declarado a favor do afastamento da presidente Dilma, mas nesta quarta disse que assumiu uma posição de indeciso e que vai usar todos os dez dias úteis para discutir o relatório do impeachment.

“A minha intenção e usar o prazo máximo que é permitido pelo rito por que, na medida em que você usa o prazo máximo, você está dando o máximo de tempo para que a defesa possa trabalhar”, disse Raimundo Lira.

Pelo acordo fechado na terça-feira (19) entre os líderes, o bloco de oposição formado por PSDB, Democratas e PV tem o direito de indicar o relator. O nome escolhido é o do senador Antônio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais.

O PT aprovou Raimundo Lira para a presidência da comissão, mas disse que não vai aceitar Anastasia como relator e pode lançar candidatura própria.

“Nós podemos lançar. Temos direito de lançar nomes para disputar ou a presidência ou a relatoria. Mas isso nós ainda estamos avaliando e acumulando no nosso bloco”, afirmou o líder do governo no senado, Paulo Rocha (PT-PA).

O PSDB disse que vai manter o nome.

“Não compete ao PT estar opinando sobre isso. A regra do processo é eleição. Nós vamos submeter a votos o nome do presidente e do relator da comissão e existe um entendimento entre os partidos que será respeitada a proporcionalidade. E nesse critério de proporcionalidade cabe ao PMDB a presidência e, na sequência, ao PSDB a relatoria”, disse o líder do PSDB no senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

Todos os 21 titulares da comissão especial já foram indicados pelos partidos. Na segunda-feira (25) os nomes serão confirmados em uma eleição no plenário.

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, foi ao senado para uma reunião com senadores governistas. Ele disse que vai seguir na defesa da presidente Dilma, apesar de uma nota de procuradores federais e advogados da União criticar Cardozo por exercer essa função, e de o PPS ter anunciado que vai à Justiça para impedir a atuação dele.

“Eu acho que vai dar, não vou nem discutir isso. Eu acredito que o Senado, onde o direito de defesa se expressa de maneira mais, mais rigorosa irá dar”, afirmou Cardozo.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse na terça-feira (19) que há risco de paralisia da Casa até o Senado votar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma.
Cunha afirmou que o governo não tem apoio para aprovar nenhuma proposta, e se projetos de interesse do governo forem levados ao plenário da Câmara serão derrotados. Nesta quarta, o presidente do Senado respondeu a Cunha.

Renan Calheiros disse que o país não pode parar.

“O Senado, com responsabilidade, é preciso dizer, saberá separar o interesse do Brasil do interesse de governos, que são efêmeros. E quanto mais o presidente da Câmara tentar interferir no ritmo de andamento do processo no Senado, sinceramente, ele só vai atrapalhar”, disse o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Nesta quarta, em nota, Cunha disse que não ameaçou paralisar a Câmara. Ele afirmou que vai colocar a pauta para votar, os partidos é que vão decidir, mas que enquanto o Senado não tomar uma decisão, o governo não existe mais politicamente para a maioria da Casa. E os deputados não votarão matérias do governo após autorizar os senadores a processar a presidente por crime de responsabilidade.

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