Ministro defende que nova procuradora reexamine processos em andamento

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou hoje (18) que a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que tomou posse nesta manhã, deve reexaminar processos em andamento, como a denúncia de organização criminosa e obstrução da Justiça contra o presidente Michel Temer. O antecessor de Raquel, Rodrigo Janot, apresentou a denúncia ao STF na última quinta-feira (14).

“Certamente, haverá revisões. Não vou dar opinião sobre isso. Certamente, a procuradora-geral vai fazer uma reanálise de todos os procedimentos que estão à sua disposição, de maneira natural ou provocada, para evitar erros e equívocos que estavam se acumulando”, disse o ministro, após doar R$ 30 mil à instituição brasiliense de atendimento infantil Casa da Mãe Preta.

Gilmar Mendes, que, antes do compromisso na Casa da Mãe Preta, assistiu à posse de Raquel, revelou ter ficado “deveras impressionado” com o discurso da nova procuradora.

Segundo o ministro, no discurso, além de assegurar o empenho com agendas como a de defesa dos direitos humanos, Raquel “enfatizou que investigações têm que ser feitas dentro dos devidos marcos legais, do devido processo legal.”

O presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal afirmou ainda que considera o mandato de Janot ineficiente.

“Eu tenho a impressão de que, ao fim e ao cabo, tivemos muitos tumultos, muitos desacertos. Os episódios últimos, envolvendo a delação da JBS, creio que mostram bem isso, umas certas – vamos chamar assim – trapalhadas, umas certas perplexidades, que resultaram em ineficiência do próprio trabalho da PGR [Procuradoria-Geral da República]”, afirmou o ministro.

O ministro Gilmar Mendes doou à Casa da Mãe Preta o valor obtido em uma indenização paga pela atriz Monica Iozzi, que o criticou na rede social Instagram. Monica havia manifestado indignação com a decisão do ministro de soltar o médico Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de prisão por 48 estupros.

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