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Um tumulto foi registrado na noite dessa quinta-feira (2) no Instituto Cândida Vargas (ICV), em João Pessoa, após a morte de uma adolescente de 15 anos, que não resistiu a complicações de um parto normal. Familiares danificaram parte do prédio e a polícia foi acionada para conter a confusão. Uma pessoa ficou ferida.
A família da adolescente denuncia que houve negligência no atendimento. O argumento usado é de que a vítima passou muitas horas em trabalho de parto e a equipe médica continuou insistindo na espera por dilatação necessária para o parto normal. A família acredita que a adolescente tenha sido vítima de uma infecção. O bebê passa bem.
Ao Portal Correio, o diretor técnico do Instituto Cândida Vargas, Juarez Augusto, informou que a adolescente deu entrada na maternidade às 3h da segunda-feira (27) e o parto aconteceu às 22h59 do mesmo dia. “Em seguida ela foi encaminhada para a enfermaria, mas com o passar dos dias começou a apresentar vômitos e se queixar de dores. No fim da tarde de ontem [quinta-feira], a paciente foi transferida para a UTI. Ela morreu à noite, após sofrer cinco paradas cardíacas”, informou.
Juarez Augusto também disse que aguarda o laudo da causa da morte para saber se será necessário realizar uma sindicância no hospital. A análise do corpo será feita pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO). “Se for comprovada a negligência, todas as providências serão tomadas e a equipe será sim responsabilizada”, garantiu o diretor técnico do ICV, ao acrescentar que não é possível estabelecer um prazo para a divulgação do laudo.
Tumulto
Por causa da morte da adolescente, um grupo ameaçou quebrar o hospital. Conforme registro da Polícia Militar, cerca de 15 pessoas teriam participado da ação. Uma vidraça do hospital foi danificada e a mãe da adolescente estava com um ferimento no braço. Ela foi socorrida para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena.
“Três viaturas foram ao local e os policiais da Força Tática atuaram na negociação com essas pessoas. A PM explicou que danos provocados ao hospital configurariam crimes e os ânimos foram contidos”, informou a assessoria da Polícia Militar.
A direção do hospital registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.